O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), divulgou o segundo Boletim Panorama da Dengue sobre a situação epidemiológica da dengue nas nove regiões do Rio de Janeiro, com dados registrados até terça-feira, 26 de dezembro. Além de apresentar o cenário atual, com número de casos notificados e comparativo com a série histórica da doença nos últimos 10 anos, o documento apresenta a tendência de cada município, calculada a partir de uma fórmula matemática que estima o atraso nas notificações.
O boletim Panorama Dengue deixa evidente que o estado do Rio de Janeiro mantém tendência de aumento na transmissão de casos da doença, com circulação bem acima do limite máximo esperado para o momento. O modelo de análise estima também o que deveria aparecer no sistema de informação, mostrando a situação epidemiológica real dos municípios, se não houvesse atraso nas notificações. Dessa forma, o monitoramento permite a ação mais oportuna para reduzir o impacto da transmissão.
Além de estarem com transmissão acima do esperado, as regiões Metropolitana I e Baixada Litorânea são as que apresentam maior atraso das notificações. Os municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí, Nova Iguaçu e Rio das Ostras são os que apresentam maior atraso das notificações e tendência de crescimento rápido de casos.
Italva e Natividade com patamares elevados
Quando observado o índice de incidência da doença, que é a relação do número de casos por 100 mil habitantes, oito cidades apresentam patamares elevados, acima de 200 casos / 100 mil habitantes: Itatiaia, Natividade, Italva, Resende, Rio das Ostras, Comendador Levy Gasparian, Porto Real e Três Rios.
“Das nove regiões do estado, sete apresentam municípios com número de casos muito acima do limite esperado para esta época do ano. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Saúde tem reforçado as ações de treinamento no manejo da dengue para médicos e enfermeiros dos municípios e de sua rede própria, além de fornecer suporte e orientação aos municípios. É importante também que cada um faça a sua parte, para diminuir focos de proliferação do mosquito transmissor”, alerta Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde.
Na Região Noroeste, quase todos os municípios estão com transmissão acima do esperado no momento. Itaperuna, Natividade e Italva concentram o maior volume de casos, sendo que Italva e Natividade estão entre as cidades com maiores incidências do estado.
No Norte Fluminense, o mesmo cenário de transmissão do Noroeste, sendo que Campos dos Goytacazes concentra a maioria de casos e Carapebus tem a maior incidência da região. Na Região Serrana, Cachoeiras de Macacu concentra o maior volume de casos e a maior incidência da região, que apresenta pequeno atraso de notificações, sobretudo em Macuco. Rádio Natividade