07/06/2025
5 ERROS FINANCEIROS COMUNS ENTRE JOVENS (E COMO EVITÁ-LOS)!
Falar sobre dinheiro nem sempre é fácil, mas ignorar o assunto sai bem mais caro. E,
muitas vezes, nem é por mal… são pequenos hábitos que a gente vai pegando no dia a dia, sem
perceber, que acabam virando bolas de neve. Se você quer parar de sofrer no final do mês, vem
comigo entender esses erros e, claro, como escapar deles de forma simples.
1. Viver sem saber pra onde vai o dinheiro
Sabe quando você recebe, paga umas coisinhas aqui, compra um lanche ali, pede um
Uber, sai no fim de semana… e, quando percebe, tá olhando pra conta e pensando: “ué, cadê
meu dinheiro?” Pois é. Esse é o famoso viver no automático financeiro. A maioria dos jovens não
faz ideia de quanto gasta por mês. E isso não é só falta de disciplina, é porque nunca ninguém
ensinou pra gente como cuidar do próprio dinheiro.
Exemplos:
- Gasta R$ 8 por dia no cafezinho da faculdade achando que é pouco, mas no mês dá R$ 160.
- Pede delivery 2x na semana gastando uns R$ 50 cada. No mês, lá se vão mais R$ 400.
- Compra por impulso na Shopee — um fone, uma camiseta, um item que nem precisava.
Tá bom mas como resolvo isso? Não precisa virar o louco da planilha, mas precisa
começar a anotar. Pode ser no bloco de notas, num caderno, ou num app. O importante é
entender: quanto entra, quanto sai e pra onde tá indo.
2. Ignorar a reserva de emergência
“Ah, mas eu sou jovem, não preciso me preocupar com isso agora...” — erro clássico! A
vida adora surpreender. E nem sempre são boas surpresas. O celular quebra. A bicicleta é
roubada. Rola um problema de saúde. Ou surge uma oportunidade incrível, tipo uma viagem, um
curso, um intercâmbio — e você simplesmente não tem como bancar. Imagina se seu fone
estraga, seu celular quebra e, do nada, precisa gastar uns R$ 1.000. Sem reserva, você corre pro
cartão de crédito ou pro famoso “mãe, me ajuda”.
Pra resolver isso comece guardando um pouquinho todo mês. Pode ser 10%, 5%, até 2%
do que você ganha, o que der. A ideia é montar uma reserva que cubra pelo menos 3 a 6 meses
dos seus gastos essenciais (moradia, transporte, alimentação, estudos).
Coloca esse dinheiro num lugar seguro e que renda um pouco, como no Tesouro Selic ou em
CDBs de liquidez diária, que você pode resgatar a qualquer momento.
3. Comprar por impulso
“Trabalhei muito essa semana, eu mereço”, “Tá baratinho, não dá pra perder”,“Se eu não
comprar agora, vai acabar.” A internet virou uma máquina de nos fazer comprar sem pensar. Um
clique e pronto: dinheiro saindo e mais uma coisa chegando na sua casa (que, muitas vezes, nem
precisava tanto assim).
Quero resolver isso, Rafa! O que faço? Cria a regra dos 24h: pensou em comprar? Espera
um dia. Na maioria das vezes, a vontade passa. Pergunta pra você mesmo: “Isso é uma vontade
ou uma necessidade?” Tenha uma lista de prioridades. Tudo que não tiver nela, deixa pra depois.
4. Achar que investimento é coisa de gente rica
Muita gente acha que só começa a investir quando tiver muito dinheiro. E isso é uma baita
mentira que só te atrasa. Hoje, você pode começar a investir com R$ 1, R$ 10, R$ 50. Pequenas
trocas já podem fazer uma grande diferença. Ao invés de deixar seu dinheiro parado na conta
corrente (que não rende nada), coloca no Tesouro Selic ou em um CDB, que rende mais do que a
poupança.
Se você junta R$ 50 por mês aos 18 anos, aos 28 (com uma média de 10% ao ano), você
teria mais de R$ 10 mil só aplicando, sem esforço, e esse valor separado para investimento
também pode ir aumentando a medida do possivel para potencializar os seus resultados, porque
se guardar mais, o efeito é ainda maior. Isso se chama juros compostos, o dinheiro trabalhando
pra você enquanto você vive sua vida. “Gostei! Quero começar!” Abre conta numa corretora
segura (Nubank, Inter, Rico, XP, BTG, entre outras), estuda investimentos simples e vai com
calma. Começa com a reserva de emergência e depois pensa em investimentos de médio e longo
prazo.
5. Não pensar no longo prazo
Quando somos jovens, tudo parece meio distante. Aposentadoria? Casa própria?
Liberdade financeira? Parece papo pra quem tem 40 anos... mas não é bem assim. O problema é
que quem não se organiza hoje, chega nos 30, 40, 50 meio perdido, cheio de boleto, sem
reserva, sem patrimônio — e aí bate aquele desespero. Exemplos do que você pode construir
desde já: Dinheiro pra aquele mochilão dos sonhos, a grana pra abrir seu próprio negócio, pagar
uma pós, uma faculdade fora, um intercâmbio, quem sabe até se aposentar mais cedo e viver de
renda.
Para isso você precisa estipular suas metas de curto, médio e longo prazo. Depois você
vai dividir seus investimentos: uma parte pra sua reserva, uma pra sonhos de curto prazo e outra
pra objetivos maiores no futuro. Uma pergunta que pode te ajudar bastante é pensar “Onde
quero estar financeiramente daqui 5, 10, 20 anos?”
Para concluir, seu dinheiro pode ser seu parceiro — ou seu maior perrengue. Você
escolhe. Se organizar financeiramente não é sobre ser pão-duro. É sobre liberdade. Liberdade de
escolher onde morar, onde trabalhar, quando viajar, se topar um intercâmbio, abrir uma empresa
ou simplesmente não depender dos outros.
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