Num movimento para expandir ainda mais suas áreas de
atuação no interior do estado, a UENF assinou, na última quinta-feira, (20/02),
um plano de trabalho que estabelece parceria junto à Prefeitura Municipal de
Italva para a implantação de uma Unidade Experimental Agropecuária no
município.
Na ocasião também foram entregues à prefeitura, sementes de milho e feijão, que
serão as primeiras cultivares, desenvolvidas pela UENF, a serem trabalhadas
na nova unidade experimental. O intuito é que, em breve, a parceria também
inclua o cultivo de sementes de maracujá, mandioca e milho de pipoca.
Para marcar o momento da assinatura, a reitora da UENF, Rosana Rodrigues, e o
vice-reitor, Fábio Olivares, receberam, entre outros representantes do estado e
interior, o secretário de estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson
Moraes, e o prefeito de Italva, que também é presidente do Consórcio Público
Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Léo
Pelanca.
"Este é um momento em que assinamos este documento e, mais do que isso, a
parceria já inclui um técnico da UENF que será responsável pela implantação
desta unidade experimental e ele já vai levando também o material que será
utilizado em unidades demonstrativas para os agricultores do município de
Italva", explicou a reitora da UENF.
Rosana também destacou que este é um passo muito importante porque todo o
sucesso das cultivares começou com o melhoramento delas, feito ao longo do
tempo, através de apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de
Janeiro (Faperj). "Ficamos muito felizes de termos aqui a presidente da Faperj e o
secretário de estado para que possamos marcar este momento, que é a expansão da
universidade. Um desejo antigo no município de Italva", pontuou.
A presidente da Faperj, Caroline Alves da Costa, reforçou a premissa de que
interior fortalecido é o estado fortalecido. "Hoje, de fato, as agências de fomento à pesquisa e à tecnologia e
inovação estão voltadas para o desenvolvimento do estado. Para a vocacionalidade,
para o desenvolvimento agrícola. E temos o interesse, cada vez mais, de ver o
que podemos contribuir para desenvolver o interior. Sabemos muito bem que
quando temos o interior fortalecido, temos o estado fortalecido", disse.
Também estiveram presentes na ocasião o presidente da Faetec, Alexandre Valle;
secretários de Educação dos municípios de São Francisco de Itabapoana e Italva;
o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Francisco de Itabapoana,
Enaldo Barreto; o diretor do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias
(CCTA/ UENF) Alexandre Pio Viana; além de corpo técnico da universidade, de
municípios envolvidos e o vereador, em Campos, Marquinho Bacellar junto do seu
pai Marcos Bacellar.
Funcionamento da Unidade Experimental e cultivares inéditas
Na parceria entre a UENF e a Prefeitura de Italva, a área da Unidade
Experimental será disponibilizada pela Prefeitura, assim como a mão de obra em
uma coordenação técnica da UENF. A UENF disponibilizará ainda os produtos,
tecnologia e pesquisa.
"Entregamos para o prefeito as sementes das cultivares que a UENF
desenvolveu já prontas para entrar na unidade. O prefeito liberando a área e
recursos humanos, começamos o plantio já este ano. A ideia é fazer inicialmente
plantios demonstrativos de variedades que a UENF desenvolveu e já estão no
mercado para os produtores. E na sequência levar pesquisa também",
explicou o diretor do CCTA.
Ele disse, ainda, que estas cultivares foram todas adaptadas para a região, o
que gera um rendimento melhor para o produtor. Além disso, no caso do maracujá,
os pesquisadores estão testando uma nova cultivar resistente a um vírus. "Hoje não se planta maracujá por causa deste vírus que ataca a planta. Se
esta cultivar tiver um desempenho satisfatório, já no próximo ano podemos
produzir uma semente que levará ao produtor um material sem o ataque da praga,
uma coisa inédita e um produto muito importante para a região", pontuou.
O prefeito de Italva, Léo Pelanca, reforçou a importância da unidade para o
desenvolvimento do estado e interior. "A gente precisa cada vez mais valorizar o nosso interior Norte e Noroeste
Fluminense. Especificamente o Noroeste Fluminense depende muito do poder do
Estado, da Faperj, da Faetec, da ciência e tecnologia, da agricultura. O
Noroeste Fluminense tem suas dificuldades e cada vez mais precisamos de
ciência, tecnologia, de apoio para que possamos nos desenvolver ", disse.
Satisfeito com os resultados que a UENF vem apresentando, o secretário de
estado de Ciência e Tecnologia e Inovação explicou a sistematização dos
recursos que são disponibilizados para a pesquisa, através da Faperj.
"A Faperj hoje vive de 2% da receita corrente pública do estado. Se o
estado estiver forte, a Faperj vai ficar forte. O que a gente precisa é que,
desenvolvendo-se um produto, possamos fazer com que o estado arrecade mais, e o
estado arrecadando mais, a Faperj vai ter mais recurso para investimento",
disse. Com informações da UENF e PMI