02/11/2024
COMO AS EMOÇÕES AFETAM OS RESULTADOS DOS SEUS INVESTIMENTOS?
Investir parece simples à primeira vista: escolha um ativo promissor, compre barato, venda caro
e... fique rico!
No entanto, aqueles familiarizados com o mercado financeiro reconhecem que os aspectos
emocionais desempenham um papel determinante nas escolhas dos investidores. Como seres
intrinsecamente emocionais, os seres humanos frequentemente permitem que suas decisões
financeiras sejam influenciadas por sentimentos como medo e euforia, o que pode comprometer
a racionalidade esperada no processo de investimento.
As reações emocionais diante de oscilações bruscas nos preços de ativos são comuns. Tá aí a
importância de aprender a gerir suas emoções e evitar decisões precipitadas. Por exemplo,
quando o valor de uma ação despenca 10% em um único dia, é natural que o investidor
experimente um aumento na ansiedade. De maneira análoga, a valorização rápida de uma
criptomoeda pode gerar uma sensação de euforia e otimismo, levando o indivíduo a acreditar que
os ganhos continuarão a ocorrer indefinidamente. Tais emoções estão associadas a dois
sentimentos fundamentais na psicologia do investimento: o medo e a ganância.
A Importância de Entender seu Sentimento
Entender o impacto das emoções nos investimentos é crucial para evitar decisões impulsivas que
podem resultar em perdas significativas. Quando um investidor reconhece como o medo, a
euforia e outros sentimentos influenciam suas escolhas, ele pode adotar uma abordagem mais
racional e disciplinada, estabelecendo regras claras e evitando armadilhas emocionais, como
vender em pânico ou comprar por impulso. Esse conhecimento também ajuda a identificar vieses
cognitivos, permitindo uma análise mais objetiva e aumentando as chances de sucesso financeiro
no longo prazo.
Medo e as Decisões Impulsivas
A aversão à perda é um fenômeno amplamente estudado na literatura comportamental,
sugerindo que os indivíduos tendem a atribuir maior peso emocional às perdas em comparação
aos ganhos de valor equivalente. Dessa forma, o impacto psicológico de uma perda de R$ 100 é
mais significativo do que o prazer decorrente de um ganho de R$ 100. Esse comportamento
pode ser observado em períodos de crise financeira, como em 2008, quando muitos investidores,
tomados pelo pânico, liquidaram seus ativos a fim de evitar perdas maiores. Em contrapartida, os
que mantiveram suas posições, ou mesmo compraram mais ativos durante a crise, acabaram por
colher lucros substanciais com a recuperação do mercado.
Comportamento de Manada
Na outra extremidade do espectro emocional, a ganância pode levar ao comportamento de
"seguir a manada", onde o investidor se sente compelido a participar de uma tendência, muitas
vezes sem realizar uma análise aprofundada dos fundamentos. Esse fenômeno, popularmente
conhecido como FOMO (Fear of Missing Out), tornou-se evidente durante a alta das
criptomoedas em 2020, quando o Bitcoin atingiu picos históricos de valorização. A busca
desenfreada por lucros, sem a devida avaliação do risco, fez com que muitos adquirissem ativos
no ápice de sua valorização, enfrentando subsequentes perdas quando os preços recuaram.
Preocupante né?! Sua vida emocional não afeta apenas relacionamentos e bem-estar, mas sim
todas as áreas da sua vida! Por isso, vamos aprender como lidar melhor com as emoções na
hora de tomar decisões financeiras ligadas a investimentos.
Minimizar o Impacto das Emoções nos Investimentos
Diante da inevitável influência das emoções, é essencial que os investidores adotem estratégias
para reduzir o impacto dos impulsos emocionais em suas decisões financeiras.
- Estabelecer metas de lucro e limites de perda para cada operação, com base em parâmetros
objetivos, pode ajudar a evitar decisões precipitadas motivadas por pânico ou euforia.
- A diversificação reduz o risco e suaviza a volatilidade, contribuindo para um maior controle
emocional diante de variações de mercado.
- Evitar o monitoramento excessivo dos preços dos ativos pode diminuir a ansiedade e
promover uma abordagem de longo prazo.
- Embora seja importante estar informado, o investidor deve evitar o viés de confirmação,
considerando argumentos contrários que possam enriquecer a análise.
Como aprendemos hoje, o processo de investimento transcende a análise quantitativa de dados,
sendo profundamente influenciado por aspectos emocionais. O reconhecimento e a
compreensão do papel das emoções na tomada de decisão são fundamentais para o
desenvolvimento de uma postura mais equilibrada e consciente. Em um ambiente tão volátil
quanto o mercado financeiro, a paciência e a disciplina são virtudes indispensáveis para alcançar
o sucesso no longo prazo.
Investir exige, portanto, não apenas conhecimento técnico, mas também inteligência emocional,
a fim de evitar que as decisões sejam dominadas por impulsos de medo ou ganância. Somente
assim o investidor estará preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de
forma estratégica e ponderada.
É SIMPLES! EMOÇÕESS CONSTITUEM UM PILAR IMPORTANTE NOS SEUS INVESTIMENTOS!
Vamos começar a aprender sobre seus sentimentos, identificar padrões de comportamento, se
previnir contra seus gatilhos e investir com segurança para o SEU futuro melhor?!
Para mais conteúdos como esse fique de olho no instagram @educafin__ e na coluna semanal do site Italva em Foco!