A Prefeitura Municipal de Cambuci usou as redes sociais
para informar a população que foram detectadas a presença de duas variantes do
coronavírus em amostras coletadas em pacientes do município. Uma delas é conhecida
como B.1.1.7, descoberta no Reino Unido em setembro do ano passado. A outra é
uma variante brasileira, que está sendo chamada de P.1, detectada em Manaus e é
considerada a variante mais transmissível.
“A
Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde,
Subsecretaria de Vigilância em Saúde -SVS, Secretaria de Estado do Rio de
Janeiro-SES-RJ, informou que foi detectado, em algumas amostras de pacientes do
município de Cambuci, que coletaram Swab (RT/PCR) e enviados ao LACEN: a nova
variante COVID B.1.1.7, do Reino Unido, e a P1 inicialmente detectada em
Manaus. Pedimos à população que redobrem os cuidados e sigam as orientações da
OMS e respeitem o Decreto Municipal”, diz o comunicado.
Essa é a segunda vez que a variante do Reino Unido é
encontrada em Cambuci. Em abril foi noticiado que já havia sido detectada a
presença da variante descoberta no Reino Unido em amostras de dois pacientes de
Cambuci. A informação havia sido divulgada pelo médico diretor clínico do
hospital do município e confirmada pelo setor de epidemiologia.
A identificação da variante nos pacientes de Cambuci foi feita através do
sequenciamento do vírus. Em março a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio
de Janeiro iniciou uma pesquisa para identificar a incidência das novas cepas
na população fluminense. O estudo, que busca entender mais sobre as modificações
sofridas pelo SARS-CoV-2, é um dos maiores na área de sequenciamento do vírus
da Covid-19 do país, com a análise de 4.800 amostras nos próximos seis meses,
sendo 400 a cada 15 dias. O objetivo do sequenciamento é monitorar a evolução
das variantes da Covid-19, melhorar ações epidemiológicas e possibilitar a
ampliação precoce de números de leitos e de medidas restritivas.
Nesta quinta-feira a Secretaria de Estado de Saúde confirmou que há uma nova
variante do vírus da Covid-19 em circulação no estado do Rio de Janeiro. A cepa
recebeu o nome de P.1.2, por se tratar de uma mutação ocorrida na linhagem P1,
que permanece em maior frequência (91,49%). A P.1.2 foi identificada em 5,85%
das 376 amostras submetidas à segunda etapa do sequenciamento realizado pela
secretaria. Também foram identificadas, em menores proporções, as linhagens
B.1.1.7 (2,13%) e P2 (0,53%).
“A nova variante foi encontrada principalmente na Região
Norte, mas também em amostras nas regiões Metropolitana, Centro e Baixada
Litorânea. A partir deste resultado, o monitoramento segue aprofundando os
efeitos que poderão ser apresentados, ou seja, o comportamento epidemiológico
da variante. Até o momento, não se pode avaliar se é mais transmissível e/ou
letal”, afirma a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES e idealizadora da
pesquisa, Cláudia Mello. Fonte: SF Notícias