O ano de 2020 foi embora, mas
infelizmente não levou consigo o novo Coronavírus. Levou sim, inúmeras vidas em
todo o mundo, longe e perto de nós. Levou muita prepotência e soberba. Foi o
ano que mostrou nossa fragilidade, que o dinheiro, o poder, o status social, a
beleza, a raça, a idade e a inteligência não são suficientes para salvar alguém
de um inimigo invisível, que colocou toda a humanidade no mesmo patamar. Morreu
quem não teve atendimento médico suficiente e quem estava internado no melhor
hospital do planeta.
O mundo parou e ninguém esperava
por isso, pelo menos nesta década. Profissionais tiveram que se reinventar,
governos foram obrigados a mudar todo o planejamento feito para 2020, famílias
tiveram que se trancar em casa e a máscara facial saiu das salas de cirurgia e
virou acessório obrigatório para todos. 2020 não é um ano para se esquecer,
mas para ficar na lembrança como aprendizado de que tudo é passageiro e que
devemos estar preparados para mudanças radicais e perdas definitivas.
Sabemos que no início de cada ano
é comum o sentimento de renovação, de recomeço e vida nova, mas a virada não
passou uma borracha em tudo. O vírus não foi embora, a vacina ainda não chegou
para nosso país e continuamos vulneráveis a essa doença, que já vitimou quase 2
milhões de pessoas no mundo. Devemos continuar o combate, ajudando-se
mutuamente, tendo empatia e preocupação com os mais vulneráveis e não achar que a Covid-19 é problema somente dos outros.
Para alguns a pandemia é exagero,
um “plano” para alavancar a economia de alguém, um histerismo exagerado e que
os números são manipulados, mas é fato que o vírus existe, se prolifera rápido e
tem vitimado muita gente e isso já é suficiente, na minha opinião, para tomarmos
todos os cuidados necessários e possíveis. Não dá para deixar pra lá e depois
perceber que de fato o perigo era real e imediato. Como sempre digo, prefiro
exagerar no cuidado e não sofrer no corpo e na consciência.
Tenho fé em Deus de que
passaremos por mais essa etapa difícil, assim como a humanidade já passou por
outras inúmeras no passado. Mas será sem cicatrizes? Não mesmo, infelizmente,
porém é preciso confiar de que tudo na vida é assim e devemos honrar os que se
vão, fazendo do mundo um lugar melhor no futuro. Que a vacine chegue logo, que
possamos nos abraçar, descartar a máscara e continuar a vida, não como antes,
mas melhores. Feliz Ano Novo!!!!
Erivelton Mendes