O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou o governador Wilson Witzel (PSC) do cargo, nesta sexta-feira (28/08), por causa das investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o envolvimento do governador em desvios na saúde do Estado durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O vice-governador Cláudio Castro deve assumir o governo.
Além do afastamento do governador, a Polícia Federal faz, também hoje, uma operação para cumprir mandados de prisão contra o presidente nacional do PSC, o Pastor Everaldo, e o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. Há também mandados de busca e apreensão contra a primeira-dama, Helena Witzel, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT). Há ainda mandados sendo cumpridos no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. (continua após a publicidade)
No dia 26 de maio, Witzel, o ex-secretário de Saúde e a primeira-dama já haviam sido alvos da Operação Placebo, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governo do estado, como o Palácio Laranjeiras.
Não há ordem de prisão contra o governador. As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. A defesa de Witzel disse que "recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade". "Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis", diz a nota. Fonte: O Dia