A superintendência de Vigilância Epidemiológica e
Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde confirmou 64 mortes por chikungunya
em 2019 no Estado do Rio de Janeiro. Na região, óbitos foram registrados em Macaé, Bom
Jesus do Itabapoana e Italva. O Norte Fluminense, com 13,77% do total de casos,
e Noroeste, com 12,71%, concentraram maior incidência da doença fora da
capital. Em todo ano, foram realizadas 86.187 notificações de
chikungunya no estado, desses, 8.362 casos ocorreram em Campos. Mesmo com menor
ocorrência e sem nenhuma vítima fatal em decorrência da doença no último ano,
estudo do órgão aponta alto risco de uma nova epidemia por dengue no
estado em 2020, em especial naquelas regiões onde já se detectou o
sorotipo 2.
Das mortes confirmadas no estado em 2019, 47 foram
de residentes na capital, uma em Bom Jesus do Itabapoana, uma em Cabo Frio,
duas em Duque de Caxias, uma em Italva, duas em Macaé, uma em Mesquita, duas em
Nova Iguaçu, uma em Paraíba do Sul, uma em São Gonçalo, três em São João de
Meriti e uma em Três Rios. O endereço de uma das vítimas não foi informado.
Dengue — Até 9 de dezembro de 2019, foram
notificados 32.321 casos de dengue no estado. Eles concentraram-se na capital
(54,45%), seguida pela região do Médio Paraíba (12,98%). Campos teve apenas 14
confirmações da doença em todo o ano passado. Nesta semana, a secretaria
de Estado de Saúde fez um alerta: o sorotipo 2 da dengue, responsável pelas
grandes epidemias no Brasil, em 2007, 2008 e 2009, deve voltar a circular entre
a população fluminense neste verão.
De acordo com o médico da secretaria Alexandre Chieppe,
embora os sinais e sintomas de todos os quatro sorotipos sejam os mesmos, a
previsão é motivo de preocupação. O diretor do Centro de Referência de Doenças
Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, já havia chamado atenção para o
fato de que este tipo é mais virulento e chega com mais facilidade a crianças. Folha da Manhã