Uma manifestação começou na manhã desta segunda-feira
(04/12), por volta das 9h, em Campos dos Goytacazes. Moradores
de Três Vendas fecharam os dois sentidos do km 120 da BR-356 para protestar
contra a falta de transporte público. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 120
pessoas participaram do protesto até o início da tarde. Os manifestantes colocaram fogo em pneus e galhos de
árvores na rodovia porque estão há quase duas semanas sem ônibus. A PRF
informou que um congestionamento de seis quilômetros se formou nos dois
sentidos da pista. Os moradores disseram que a falta de ônibus prejudica o dia
a dia deles, que dependem do transporte público para ir ao trabalho, à escola
ou ao hospital. As atividades da empresa Rogil estão paralisadas porque os
funcionários alegam que estão sem receber os salários.
Alguns manifestantes afirmaram que outra empresa de
ônibus estava cobrando tarifas mais caras para fazer o trajeto até Campos. Por
meio de nota, a empresa Brasil disse que essa denúncia não procede, pois as
tarifas são fixadas pelo Detro e não podem ser mudadas aleatoriamente. A
empresa disponibilizou também mais dois horários para atender os moradores de
Três Vendas que estão sofrendo com a greve dos funcionários da Rogil.
Após cerca de cinco horas de protesto, um representante
do Instituto Municipal de Transportes (IMTT) de Campos foi até o local para
conversar com os moradores. A proposta era de levar três representantes para
conversar com o presidente do órgão, Renato Siqueira. Os manifestantes não
aceitaram a proposta, segundo o IMTT. Em nota, a Prefeitura de Campos disse que "o
presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Renato
Siqueira, informa que o órgão continua cobrando, no mínimo, a retomada de 30%
da frota da Rogil [empresa de ônibus]". O município disse ainda que está
fazendo solicitações a outros consórcios para cobertura de algumas linhas do
interior da cidade e que os bairros da área urbana são atendidos por vans
legalizadas.
A Prefeitura também informou que algumas linhas na região
de Dores de Macabu, Serrinha, Ibitioca, Caxeta e Pernambuca não foram afetadas.
A nota informa ainda que medidas também serão tomadas junto à Procuradoria
Geral do Município e à Secretaria da Transparência e Controle. Fonte: Folha